José Feitor (Coimbra, 1972) é professor, editor e ilustrador free-lancer com experiência profissional desde 2000, tendo trabalho publicado em jornais, fanzines, manuais escolares, capas de discos e em muitos outros suportes impressos. Como editor, foi responsável pela fanzine Zundap no início da década de 2000 e, em 2006, fundou a mico editora independente Imprensa Canalha que dirige desde então.

Está ligado a movimentos de dinamização da publicação gráfica independente, como a Feira Laica, que fundou em 2004, a Oficina do Cego, associação de artes gráficas, que co-fundou em 2009, e a Raia, tráfico de Edições, que co-fundou com Luís Henriques em 2017. Tem colaborado como formador nas áreas da ilustração, banda desenhada, stencil, linogravura e serigrafia em entidades formativas, como as escolas Arte Ilimitada e Nextart e a associação Oficina do Cego.

No trabalho gráfico que desenvolve tanto como desenhador e serigrafo, descobre-se o filão visual de Käthe Kollwitz, Georg Grosz e Otto Dix, Ben Shahn, Saul Steinberg, Topor ou Blutch ao mesmo tempo que se articulam técnicas diversas – a caneta ou o pincel, a tinta da china, as aguadas, as ecolines, as práticas de impressão – na construção de composições geradas por gestos amplos ou em registos mais controladas, em que a figuração, partindo sempre de uma matriz humana, a ela se vai escapando pelo cruzamento da animalidade ou da carga desviante que as máscaras admitem.

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