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Ernst Volland

Alemanha -  Bürgstadt/Miltenberg, 1946

“As imagens de Ernst Volland são obra de um contrabandista. Este é um nome para um homem honrado que não comete fraude e roubo, mas age habilmente como contrabandista transportando mercadorias além das fronteiras contra a proibição. A partir do século XIX conhecemos contrabandistas que transportam signos e ideias entre mundos diversos, da arte à fotografia, das imagens às palavras, da linguagem às imagens imaginadas. As fotos de Volland são extensões das atividades do contrabandista do século XIX com meios visuais do presente. Com o contrabando de mercadorias proibidas, eles têm em comum a transgressão de fronteiras e a quebra intencional de regras.

A arte com mensagem política tornou-se impopular e perdeu seu lugar no discurso público atual. Para manter o compromisso político nas artes, é preciso camuflagem e meios que escondam o político, possibilitando ao mesmo tempo a divulgação de sua mensagem. A contrabanda de Volland esconde ideias em uma visualidade distorcida. Ele transforma a imagem difusa em meio de comunicação subversiva transgredindo as linhas divisórias que separam o cômico do sério, o compromisso e a distância, a mensagem política e a pura piada. Estas imagens transitam entre a montagem que desde Eisenstein, Höch e Heartfield sempre foi política, e a experiência surrealista que atinge o subconsciente e o mundo dos sonhos. Essas imagens deslizam da documentação para o jogo da imaginação. Desfocar imagens serve como um meio artístico de contrabandear o político para a estética da arte. Volland também usa giz de cera infantil para fazer desenhos que escondem temas políticos em arte pseudo-infantil. Esta é uma alienação deliberada com o objetivo de esclarecer os públicos adultos.”

Prof. Dr. Bernd Hüppauf


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Ernst Volland

Germany -  Bürgstadt/Miltenberg, 1946

“Ernst Volland’s images are the work of a smuggler. This is a name for an honorable man who does not commit fraud and burglary but skillfully acts as a contrabandist transporting goods over boundaries against prohibition. From the 19thcentury on, we know smugglers who transport signs and ideas between different worlds, from art to photography, from images to words, and from language to imagined pictures. Volland’s pictures are extensions of the activities of 19thcenturycontrabandista with visual means of the present. With the smuggling of prohibited goods they have in common the transgression of boundaries and the intentional breaking of rules.

Art with a political message has become unpopular and has lost its place in current public discourse. In order to maintain political commitment in the arts, camouflage is required and ways are needed that hide the political, making it possible at the same time to spread its message. Volland’s contra band hides ideas in distorted visuality. He transforms the fuzzy image to a means of subversive communication transgressing the dividing lines that separate the comical and the serious, commitment and distance, political message and pure joke. These image move between montage that since Eisenstein, Höch and Heartfield has always political, and the surrealist experiment reaching to the subconscious and the world of dreams. These pictures glide from documenting into the play of imagination. Blurring pictures serves as an artistic means of smuggling the political into the aesthetics of art. Volland also uses children’s color crayons to draw pictures that hide political themes in pseudo child art. This is a deliberate alienation aiming at enlightening adult viewers.”


Prof. Dr. Bernd Hüppauf



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