Happy Days! De Alban B. Butler

Há grosso modo dois tipos de registo quando se desenha a guerra, estando nela. E ambos se tornam testemunho e/ou escape do vivido.
Militares artistas como o português Adriano de Sousa Lopes na primeira Grande Guerra ou o arquitecto americano Victor Alfred Lundy na segunda, desenharam directamente do real, da sua experiência visual resgatando da massa anónima das tropas figuras de soldados, fardas, momentos quotidianos, objectos. Houve vários artistas a faze-lo, mandatados ou não para tal.
Mas há também o desenho que se consegue distanciar do drama desse contexto para o satirizar, para exercer a crítica e fazer humor. É o que sucede com os desenhos do capitão Alban B. Butler que desembarcou na Europa, em 1917, oriundo da américa e de uma familia de industriais da area petrolífera.
Ironicamente reunidos num volume editado sob o titulo de Happy Days estes dias felizes da guerra apenas o são porque é na capacidade de rir e de sintetizar momentos plenos de violencia e dramatismo em narrativas humoristicas que se funda a humanidade. Que somos capazes de nos ver de fora. Que nos é devolvida a realidade através da comicidade do absurdo.
Um livro esgotado na  edição original inglesa mas que pode ser lido e visto nesta edição em castelhano. 


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