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Laurie Lipton: Drawing. De Laurie Lipton.
Laurie Lipton: Drawing. De Laurie Lipton.
Língua inglesa. Last Gasp, 2022. P.V.P. 64,80€.
Este trabalho é um caso sério. Podíamos dizer que seria pela dimensão do desenho ou pela minúcia do traçado, tão obsessivo quanto perfeccionista, da gigante artista nova iorquina Laurie Lipton. É tudo isso e mais. É o olhar que nos descose, por dentro, ao revelar as entranhas dos habitáculos que somos e do que fazemos e como fazemos. Uma secção do seu mais recente livro de desenhos chama-se tecno-rococó e seria difícil encontrar um termo tão adequado ao que é esta representação dos humanos, tão mecanizados no seu quotidiano solitário. Por vezes, as imagens transcendem a artista em dimensão, que se alonga sobre o papel com artes de ourives, de carvão e grafite em mãos, para construir espaços ambíguos e dispositivos de emaranhadas estruturas funcionais. Por vezes um corpo, uma mão, um olhar, um rosto, rompe a tessitura tubular desse emaranhado industrial. Porque é sempre do humano que aqui se fala. E não por acaso, a primeira imagem do livro "Laurie Lipton: drawing" é a sua, de cara coberta em tempo de Covid.
Língua inglesa. Last Gasp, 2022. P.V.P. 64,80€.
Este trabalho é um caso sério. Podíamos dizer que seria pela dimensão do desenho ou pela minúcia do traçado, tão obsessivo quanto perfeccionista, da gigante artista nova iorquina Laurie Lipton. É tudo isso e mais. É o olhar que nos descose, por dentro, ao revelar as entranhas dos habitáculos que somos e do que fazemos e como fazemos. Uma secção do seu mais recente livro de desenhos chama-se tecno-rococó e seria difícil encontrar um termo tão adequado ao que é esta representação dos humanos, tão mecanizados no seu quotidiano solitário. Por vezes, as imagens transcendem a artista em dimensão, que se alonga sobre o papel com artes de ourives, de carvão e grafite em mãos, para construir espaços ambíguos e dispositivos de emaranhadas estruturas funcionais. Por vezes um corpo, uma mão, um olhar, um rosto, rompe a tessitura tubular desse emaranhado industrial. Porque é sempre do humano que aqui se fala. E não por acaso, a primeira imagem do livro "Laurie Lipton: drawing" é a sua, de cara coberta em tempo de Covid.
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