Conhece Leonard Cohen? Talvez não tenha ideia de quem era. Ou, talvez, como eu, esteja familiarizado com algumas de suas músicas e conheça um pouco de curiosidades sobre sua vida, mas não muito mais. Ou talvez seja um fã hardcore, tem todos os álbuns, teve a sorte de ir a um show ou dois e conhece a maior parte do seu catálogo de cor.

"Leonard Cohen" inicia-se em Los Angeles na última noite da vida do artista, em 2016. Sozinho nas suas horas finais, o amado escritor e músico pondera sua existência numa série de flashbacks que revelam os altos e baixos de uma carreira célebre.

Um jovem Cohen trocou a promessa de emprego estável no negócio de vestuário de sua família em Montreal pelo caminho improvável de poeta literário. A sua vida deu outra volta quando, já na casa dos trinta, gravou o seu primeiro álbum com grande aclamação internacional. Ao longo do caminho, Leonard encontrou um verdadeiro quem é quem de estrelas musicais, incluindo Lou Reed, Nico, Janis Joplin e Joni Mitchell. E depois há Phil Spector, o notório empresário da música que apontou uma arma para a cabeça de Cohen durante uma sessão de gravação a noite toda abastecida com cocaína.

Mais tarde na vida de Cohen, há a história de "Hallelujah", uma de suas músicas mais famosas, e sua lenta ascensão da relativa obscuridade quando gravada pela primeira vez na década de 1980 para seu status icónico uma década depois com covers de John Cale e Jeff Buckley. E o período em que Cohen faliu depois que a sua empresária desviou as economias de toda a sua vida, o que ironicamente provocou um improvável ressurgimento de carreira e vários tours mundiais nos anos 2000.