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Ramone. De Lukas Verstraete.
Ramone. De Lukas
Verstraete. Língua francesa. Capa dura, 50 páginas, 33 x 24.7 cm. 5e
Couche, 2017. PVP 20,40 €
Lukas Verstraete tem um estilo gráfico imediatamente reconhecível, as figuras grotescas atravessam os expressionismos das vanguardas, trazem à memória arlequins ou as figuras burlescas das parodias populares bem anteriores, cruzam-se com os primórdios do cinema de animação, da ilustração de imprensa. A natureza satírica ou desassossegada dos personagens, esgalhados sem receio da cor (tornando-se esta um elemento de vincado pendor simbólico e narrativo), mescla-se com a liberdade onírica com que cada prancha é construída. Depois do caminho feito em diversas publicações e colaborações, Ramone é o primeiro álbum do autor onde se alia humor e sentido de absurdo numa busca ontológica pelo final da história. Apenas a entrada na casa do Filosofo (ou da Filosofia) pode fazer entrever a resposta que posta sobre a mesa como um tabuleiro de xadrez, pode ser boa, má, assim assim ou nem por isso. Só a caminhar se faz o caminho. Só entrando nesta arena e se descobre como termina a faena. É meter olhos à leitura e dedos à página. A demanda vai valer a pena.
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Lukas Verstraete tem um estilo gráfico imediatamente reconhecível, as figuras grotescas atravessam os expressionismos das vanguardas, trazem à memória arlequins ou as figuras burlescas das parodias populares bem anteriores, cruzam-se com os primórdios do cinema de animação, da ilustração de imprensa. A natureza satírica ou desassossegada dos personagens, esgalhados sem receio da cor (tornando-se esta um elemento de vincado pendor simbólico e narrativo), mescla-se com a liberdade onírica com que cada prancha é construída. Depois do caminho feito em diversas publicações e colaborações, Ramone é o primeiro álbum do autor onde se alia humor e sentido de absurdo numa busca ontológica pelo final da história. Apenas a entrada na casa do Filosofo (ou da Filosofia) pode fazer entrever a resposta que posta sobre a mesa como um tabuleiro de xadrez, pode ser boa, má, assim assim ou nem por isso. Só a caminhar se faz o caminho. Só entrando nesta arena e se descobre como termina a faena. É meter olhos à leitura e dedos à página. A demanda vai valer a pena.
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